O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, passou por uma situação tensa na tarde desta segunda-feira (1º) durante um voo da Latam que sairia de São Luís rumo a Brasília, às 16h40.
Pouco antes da decolagem, uma passageira bastante agitada tentou se aproximar do ministro e chegou a ameaçar agredi-lo, afirmando que “não respeita esse tipo de gente” e que “este avião está contaminado”. Em seguida, questionou em voz alta: “onde o comunismo deu certo?”.
Segundo testemunhas, Dino permaneceu em silêncio, de cabeça baixa, enquanto trabalhava em seu assento. A mulher foi contida pela equipe de segurança do ministro.
O episódio chamou atenção da tripulação e de outros passageiros. A aeromoça-chefe interveio pedindo que a passageira encerrasse as provocações. Em seguida, um agente da Polícia Federal que estava no voo conversou com Dino e relatou ao seu segurança que registraria o incidente junto à superintendência em Brasília.
O policial ainda advertiu a mulher de que manifestações a bordo poderiam ser reportadas como ocorrência policial. Segundo relato de uma testemunha, o agente destacou que “vivemos em um país democrático, mas certos comentários devem ser evitados para que os ânimos não fiquem inflamados”.
Após o pouso na capital federal, a passageira foi conduzida por agentes da PF para prestar depoimento. Antes de sair da aeronave, pediu que outros passageiros testemunhassem a seu favor.
Contexto político
O episódio acontece na véspera do julgamento no STF que analisará a conduta de Jair Bolsonaro e de outros sete aliados em ações ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Dino integra a Primeira Turma do Supremo, ao lado dos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux
